A inteligência artificial deixou de ser um conceito de ficção científica para se tornar um dos temas mais quentes do mundo dos negócios. De artigos a reuniões de diretoria, a tecnologia aparece carregada de promessas de revolução, produtividade e eficiência. Mas, em meio a tanto hype, surge a pergunta essencial: como transformar IA em valor real para empresas e pessoas?
Esse será a pauta do próximo evento promovido pelo 
Connect Executive Hub em parceria com a MJV Technologies e Inovabra com grandes speakers como Christian Geronasso Global CRO de IA na SAP, Marcos Gurgel Estrategista na área de Inovação com passagens pela IFood, Kraft Heinz, Marcio Viana CEO e Conselheiro e Isabelli Gonçalves autora desse artigo e do livro mulheres na Inteligência Artificial. Inscrições gratuitas no 
link.
Ao longo de quase uma década dedicada a projetos de inteligência artificial, vi muita coisa acontecer. No início, as perguntas mais comuns eram quase ingênuas: “Mas afinal, o que é IA? Para que serve? Isso é só moda de tecnologia?”. Em algumas reuniões, a reação era quase caricata como se a IA fosse algo distante, abstrato ou até um “bicho de sete cabeças”.
Com o tempo, essa visão mudou. As empresas começaram a perceber que IA não era apenas um tema para artigos futuristas, mas uma ferramenta concreta para resolver problemas reais. Trabalhando com soluções de IA conversacional, acompanhei de perto a evolução dos chatbots: de atendentes virtuais limitados a respostas prontas, até agentes inteligentes capazes de compreender contexto, personalizar interações e apoiar jornadas complexas de clientes.
Essa transformação mostrou, na prática, que a tecnologia sozinha nunca é suficiente. O verdadeiro diferencial esteve sempre na estratégia por trás: entender a necessidade do negócio, alinhar expectativas, preparar dados de qualidade e, principalmente, colocar as pessoas no centro da solução. A cada projeto bem-sucedido, ficava mais claro que IA não substitui o humano, na verdade ela amplia possibilidades quando usada de forma responsável, pragmática e criativa.
A verdade é que, embora a IA generativa tenha potencial disruptivo, sua aplicação prática ainda engatinha em muitas organizações. Poucas pessoas utilizam essas ferramentas no dia a dia de forma consistente, isso não diminui sua força, mas reforça a necessidade de construir uma estratégia clara, humana e pragmática.
O primeiro passo: estratégia antes da ferramenta
Um erro comum é imaginar a IA como solução mágica. A adoção bem-sucedida começa não pela escolha de uma ferramenta, mas pela resposta a uma pergunta simples: qual problema de negócio queremos resolver?
Uma estratégia de IA eficaz deve unir tecnologia, dados e pessoas para reinventar processos e fortalecer a cultura da organização. Para isso, alguns pilares são fundamentais:
1. Definir Objetivos Claros: Entender se a prioridade é otimizar processos internos, personalizar experiências ou prever tendências. Clareza direciona foco e métricas.
2. Avaliar a Maturidade Digital: Dados de qualidade são combustível da IA. É preciso conhecer a base atual, estruturar governança e reduzir silos.
3. Começar Pequeno e Escalar: Projetos pilotos, como automação de tarefas repetitivas, análise de contratos ou chatbots, geram resultados rápidos e confiança.
Por trás da IA, existe inteligência humana
A narrativa de que a IA funciona sozinha é um mito. Por trás de cada algoritmo existem profissionais que treinam sistemas, classificam dados e corrigem vieses. Essa “inteligência invisível” é essencial para que a tecnologia funcione.
A jornada é contínua
Implementar IA não é um projeto com fim definido, mas uma jornada evolutiva. A tecnologia avança rapidamente, assim como as expectativas dos clientes e da sociedade.
Para extrair valor real, é preciso:
- Integrar IA à estratégia do negócio, não apenas ao setor de TI.
- Investir em dados de qualidade e em governança.
- Capacitar equipes continuamente, combinando habilidades técnicas e humanas.
- Garantir que ética e diversidade sejam parte do processo.
O futuro é humano + inteligente
O maior erro seria imaginar a IA substituindo o humano. O futuro promissor está justamente na combinação entre inteligência artificial e inteligência humana. A IA libera tempo, amplia capacidades, mas é a criatividade, a empatia e o senso crítico das pessoas que transformam tecnologia em impacto. Seja você um executivo, empreendedor ou líder de equipe, a pergunta não é mais “se” sua empresa vai adotar IA, mas como fará isso de forma estratégica, responsável e centrada nas pessoas. A tecnologia é meio, não fim. O objetivo final é criar organizações mais ágeis, inteligentes e, acima de tudo, mais humanas.
Connect Executive Hub
O Connect Executive Hub promove uma Confraria de Executivos com membros de diversos segmentos, estados e países. A jornada de desenvolvimento executivo oferecida amplia o repertório e fortalece o networking com profissionais sêniores. 
Para se tornar membro, agende um bate-papo pelo site.
Próximos encontros do Connect Executive Hub
Dia 22 de outubro: 
Connect Talk - "Do hype à estratégia: o real valor da IA nos negócios", com Christian Geronasso Gloval, CRO Artificial Intelligence na SAP; Marcos Gurgel, com trajetórias por empresas como iFood e Red Ventures; e Isabelli Gonçalves, Change Management no Bradesco. Evento presencial em São Paulo. Mais informações e inscrições no 
site.
Dia 29 de outubro: 
Connect Talk – "Tabuleiro Global: Como os Movimentos Geopolíticos Redesenham os Negócios". Evento presencial em Curitiba. Mais informações e inscrições no 
site.
Dia 5 de novembro: 
Connect Dinner. Evento presencial em Curitiba. Mais informações e inscrições no 
site.