Sistemas ERP, CRM e BI em alta
IA vai remodelar radicalmente a gestão empresarial nos próximos 5 anos, prevê especialista em transformação de negócios
O mundo dos negócios está entrando em uma nova era, na qual a inteligência artificial não apenas impulsiona a eficiência, mas redefine o papel da liderança, da estratégia e da operação no dia a dia das empresas. Os negócios estão sendo radicalmente remodelados pela tecnologia, e a inteligência artificial emerge como uma força por trás da otimização da gestão. Líderes de todos os setores estão cada vez mais conscientes do potencial da IA para elevar a eficiência operacional e fundamentar decisões estratégicas.
Para Ricardo Urso, especialista em gestão empresarial e sócio-fundador da Urso Consultoria Empresarial e da Urso Capital, a IA representa uma verdadeira revolução na maneira como as empresas funcionam. "Ouso dizer que nenhuma atividade será executada da mesma forma daqui a cinco anos, impulsionada por essa tecnologia. Absolutamente nenhuma", diz Ricardo, que também destaca a magnitude da transformação em curso.
O grande desafio: fragmentação de sistemas e a necessidade da integração
Ricardo aponta para um obstáculo comum enfrentado pela maioria das organizações: a proliferação de sistemas de informação isolados. "É praticamente universal: 100% das empresas operam com múltiplos sistemas. Um para faturamento, outro para folha de pagamento, um terceiro para compras, outros para impostos, gestão de frota e por aí vai. Isso resulta em uma dispersão de informações, tornando complexo compilar e gerenciar tudo em um único ambiente", explica.
Neste contexto, a IA e as ferramentas de Business Intelligence (BI) assumem um papel vital na conexão e análise desses dados díspares. "Por meio da codificação e da criação de interfaces de programação de aplicações (APIs), a inteligência artificial pode interligar esses bancos de dados, transmitindo insights valiosos para o processo decisório. As ferramentas precisam ser práticas e direcionadas a esse objetivo", revela Ricardo.
Tripé essencial de ferramentas tecnológicas
Ricardo destaca algumas ferramentas tecnológicas fundamentais que, impulsionadas pela IA ou integradas a ela, otimizam a gestão empresarial da maioria dos negócios:
Sistemas ERP (TOTVS, SAP, Senior): plataformas integradas que centralizam dados de diversas áreas da empresa, oferecendo uma visão holística do negócio. Ricardo salienta a relevância do TOTVS, solução nacional de grande relevância para os negócios hoje.
Plataformas de CRM (Salesforce, Pipefy, Trello, Asana, Motion): ferramentas para aprimorar o relacionamento com clientes. “O Salesforce para gestão robusta de leads; e o Pipefy, Trello, Asana e Motion são alternativas de gerenciamento de processos e atividades internas que funcionam super bem, especialmente para equipes comerciais”, diz o consultor.
Soluções de Business Intelligence (BI) e IA (Microsoft Power BI, Tableau, QlikView): essas ferramentas possibilitam a análise de dados complexos, a criação de painéis de controle intuitivos e a identificação de insights valiosos para a tomada de decisão. Ricardo destaca o Microsoft Power BI como uma evolução do Excel, amplamente adotado e com crescente presença nas empresas.
“Na Urso Consultoria, temos implementado essas soluções com foco em transformação profunda. Recentemente, conduzimos um projeto de automação contábil e integração de BI em uma empresa nacional com mais de R$100 milhões em faturamento anual, o que reduziu o tempo de fechamento de caixa em 70% e aumentou a previsibilidade de resultados em tempo real. Esses ganhos mostram que IA não é só teoria, já está gerando impacto mensurável”, destaca o especialista.
Decisões baseadas em dados para gerar mais eficiência operacional
O consultor coloca a IA como muito mais que uma tendência passageira. Ela está revolucionando - e mudará ainda mais - a forma que as tomadas de decisão ocorrem ao viabilizar a análise preditiva, antecipando tendências e cenários futuros.
Além disso, a IA oferecerá recomendações personalizadas com base em dados, auxiliando na escolha das melhores estratégias. Na otimização da gestão e do gerenciamento de tempo, Ricardo aponta algumas possibilidades que já ocorrem - ou que vão ocorrer - em um futuro muito próximo:
Análise preditiva: algoritmos de IA analisarão dados históricos para prever resultados futuros, auxiliando na antecipação de demandas e riscos.
Recomendações personalizadas: a IA fornecerá insights e sugestões customizadas, otimizando a seleção de ações e estratégias.
Assistentes virtuais inteligentes: ferramentas de IA vão automatizar tarefas rotineiras, liberando tempo para atividades estratégicas.
Ferramentas de gestão de tarefas com IA: soluções que vão priorizar atividades, alocar recursos de forma eficiente e irão monitorar o progresso, impulsionando a produtividade.
O ser humano como parte indissociável da automação
Apesar do avanço da IA, Ricardo enfatiza que a perspectiva humana no processo decisório segue sendo imprescindível. "A IA fornecerá informações valiosas, mas a interpretação desses dados, a consideração do contexto e o julgamento estratégico final permanecerão como responsabilidades individuais", pondera. “A IA será uma ferramenta poderosa para auxiliar os líderes, mas não um substituto para sua expertise e visão”.
A Urso Consultoria já está em fase de aplicação da inteligência artificial nos negócios, com uma área focada no desenvolvimento de soluções de IA para seus clientes. "Também estamos desenvolvendo ferramentas de BI, além de internalizar e implementar sistemas ERP. Vamos, ainda, automatizar processos contábeis e financeiros, incluindo a gestão de fluxos de caixa complexos. Tudo isso porque a IA será essencial para lidar com a complexidade do novo cenário empresarial que está se configurando", conclui Ricardo.
A Urso Consultoria já lidera a aplicação de IA em diversas frentes, com uma equipe dedicada ao desenvolvimento de soluções sob medida para os clientes. A Urso integra sistemas ERP, desenvolvendo painéis de BI e automatizando rotinas financeiras e contábeis, inclusive com fluxos de caixa preditivos. O objetivo é claro: preparar os clientes para o novo ciclo da economia, onde dados e velocidade são diferenciais estratégicos. “Neste cenário, a inteligência artificial não será uma vantagem, será uma necessidade”, completa.