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Escola no Capão Raso é uma das contempladas pelo Engenhoka. Crédito: divulgação.

Escola no Capão Raso

Projeto Engenhoka transforma escola de Curitiba em laboratório de inovação

GazzConecta
01/09/2025 13:06
A Escola Homero Batista, no bairro Capão Raso, em Curitiba (PR), é uma das sete instituições de ensino público que recebem a segunda edição do projeto Engenhoka. A iniciativa, apoiada pelo Google via Lei de Incentivo à Cultura, está transformando salas de aula em estúdios de criação para mais de 400 estudantes em diversas cidades do país, unindo arte, robótica e educação.
O projeto, que se estenderá até dezembro, oferece oficinas de 40 horas no contraturno escolar para adolescentes de 12 a 15 anos. As aulas são ministradas para turmas de 15 a 20 alunos e combinam raciocínio lógico com a imersão em História da Arte, utilizando uma pedagogia em robótica educacional desenvolvida pela Picode Education. Cada escola participante recebe um estúdio maker completo, que inclui impressoras 3D, tablets e kits de materiais pedagógicos, os quais permanecem na instituição após o encerramento do projeto para garantir sua continuidade.
A proposta do Engenhoka é mostrar que criatividade e pensamento técnico não são opostos, mas caminham juntos. "A cultura é tão potente e ao mesmo tempo tão frágil. No campo audiovisual, por exemplo, hoje podemos produzir filmes através do celular e deixar um legado revolucionário. Assim como podemos deixar um legado transformador e transdisciplinar através da união das artes com a tecnologia e a robótica, com o Engenhoka. São as novas tecnologias cada vez contribuindo mais com a educação formal", afirma Priscila Seixas da Costa, presidente do Instituto Burburinho Cultural.
Leonardo Silva, professor e instrutor na primeira edição do projeto, destaca o caráter inovador da iniciativa. "Pude ver na prática como o ensino baseado em projetos pode potencializar o desenvolvimento dos alunos e desenvolver habilidades essenciais para o futuro, como autonomia, colaboração, resolução de problemas e criatividade", comenta o educador.
A prática de construir e aprimorar ideias com as próprias mãos estimula a autonomia e a inovação dos estudantes. Para Luiza da Silva, aluna de 14 anos da Escola Municipal Doutor Cócio Barcellos, no Rio de Janeiro, o projeto é uma oportunidade de aprendizado. "Eu estou muito ansiosa para participar do projeto. Desde que a diretora falou comigo e com a minha amiga, fiquei empolgada, porque acho que vai ser uma oportunidade muito boa para conhecermos mais sobre tecnologia, sobre robótica… É uma área que eu tenho muita curiosidade. Acho que terei uma base melhor sobre como montar coisas, trabalhar com tecnologia mesmo, sabe? Estou bem ansiosa para experimentar isso", diz a estudante.
O Google apoia o projeto como parte de seu compromisso com a educação pública e a inovação no Brasil. Em 2024, a empresa apoiou 23 projetos sociais em diversas cidades e estados, beneficiando mais de 130 mil pessoas. "É inspirador ver como o Engenhoka transforma a forma como os jovens se relacionam com a tecnologia — não como consumidores, mas como criadores", afirma Ednaldo Silveira, diretor financeiro sênior do Google Brasil.